O Dilema de Imigrar: Entre a Coragem e o Caos
Se nos primeiros posts falamos de documentos, filas infinitas e aquele momento mágico em que você percebe que seu nome vai ser pronunciado errado para sempre, agora vamos falar do que realmente dói: o coração.
A bagagem que não cabe na mala 💼
Há uma saudade que não cabe no container.
Ela vem com você, espreme-se entre as roupas e se instala em silêncio.
E, claro, junto vem a culpa:
por ter ido,
por não ter ficado,
por não estar onde deveria (ou onde dizem que você deveria estar).
A pressão de parecer feliz
No
meio disso tudo, você precisa sorrir e postar nas redes sociais que
está “vivendo o sonho”, porque ninguém quer ver a parte
em que você chora lavando a louça.
A
ironia?
As
pessoas de lá acham que você está rico.
As
de cá acham que você veio tentar a sorte.
E
você? Bem… você só está tentando sobreviver, pagar boletos e
manter a cabeça erguida.
A travessia 🚣
Na prática, é aprender a ligar o fogão, pedir pão sem parecer que está recitando um feitiço e descobrir que café sem pão de queijo é uma heresia.
Imigrar parece cena de filme com trilha sonora épica, tipo Rise of the Wanderer.
Os primeiros meses são uma mistura de:
Encanto — tudo é novidade, tudo é lindo, até o mercado.
Choque - horários diferente, "bom dia" sem sorriso, preços que doem.
As pequenas vitórias😀
E aí vem o lado lindo (porque ele vem):
o dia em que você entende uma piada local,
o dia em que alguém fala seu nome sem tropeçar,
o dia em que você não se perde no caminho do mercado.
Cada avanço é uma vitória digna de fogos de artifício (mesmo que só na sua cabeça).
O que significa ser imigrante
Imigrar
é poesia e caos ao mesmo tempo.É
uma batalha silenciosa, cheia de pequenos triunfos.Não
é sobre ser herói, é sobre ser humano: tropeçar, rir de si mesmo
e, ainda assim, permanecer firme.
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